Bom, era um dia lindo, ela estava sentada em sua janela pensando na vida, olhando as criações do bom Deus, e de repente viu um garoto, mas meu Deus, aquilo nao era um garoto, ia alem disso, era melhor que um principe de historias classicas, melhor que qualquer coisa que ela ja havia visto. Ele era magro e alto, tinha um cabelo liso castanho claro, suas maos eram grandes e ele usava roupas diferentes. Ele era maravilhosamente lindo (:
Ele era todo atrapalhado -rs- ela toda esperancosa para descobrir o nome do garoto perfeito, deixou cair seu chapeu, ele viu-o ao chao e prostrou-se ao chao para pegar o pequeno chapeu de palha da garota, quando levantou, seus olhos se encontraram, no meio daquela simples brisa que tocava aquele local, os dois permanesceram calados, com uma vontade que se via nos olhos de terem um ao outro.
A menina o agradeceu e perguntou se ele gostaria de entrar tomar um cafe, ele recusou, disse que precisava ir ao banco e que mais tarde passaria ali. Ela acreditou em suas palavras e ele se foi. A garota nao saiu da janela e ficou refletindo sobre o jeito do garoto e toda a maneira que ele havia a olhado.
A menina entao entrou, resolveu ir fazer o tao esperado cafe. Colocou seu melhor avental de cozinha, um comprido avental branco, colocou seu chinelo, pois a agua dentro do canecao, e botou pra ferver, enquanto a agua fervia ela foi ao quintal recolher alguns graos frescos de cafe para coar. Recolheu-os, transformou-os em po e coou-os, ai entao entrou e fez o cafe. Foi agora arrumar a mesa, colocou uma linda toalha quadrada na mesa redonda, uma toalha azul clara. Colocou os pires e as xicaras combinando com a toalha, abriu a despenca e pois algumas bolachas, torradas e pates sobre a mesa. A garota queria que tudo naquele dia fosse inexquecivel, como o dia que ela nasceu.
Alguns minutos depois, a campainha tocou, o barulho parecia ate mais suave, porem era imenso em meio ao silencio. Ela delicadamente se dirigiu a porta, abriu-a toda esperancosa, mas nao era o garoto, era o carteiro. O carteiro entregou as cartas e disse ao final, esse envolepe e especial, ele contem coisas magnificas, me mandaram te entregar com carinho. A garota riu meio confusa, pegou o envelope e fechou a porta. Era um pequeno envelope rosa claro, dentro havia uma folha lilas. A menina retirou a folha la de dentro e deitou ao sofa para ler. La estava um lindo poema :
" Quando for para pensar,
Que seje em mim,
Quando for para chorar,
Chore por mim,
Se for gritar ou sofrer,
Nao sofra por mim,
Estou aqui apenas para de fazer sorrir."
A menina leu e seus olhos se encheram de lagrimas, ela entao virou e virou a folha, em busca de uma assinatura, a qual a carta nao possuia. Logo apos, a campainha retornou a tocar, agora era uma melodia mais misteriosa, mas que da mesma maneira quebrava o silencio.
A garota levantou imediatamente da cadeira, virou a massaneta da porta e la estava ele, o lindo garoto, ela o chamou para entrar para o tao esperado cafe. Ele entrou e a seguiu ate a cozinha, la ele olhava a cada detalhe, ao se sentar puxou assunto, perguntou seu nome, sua idade e porque ela morava sozinha. A garota respondeu que seu nome era Gyovanna, ela tinha 21 anos e morava sozinha porque os pais residiam na capital, sua voz era calma e fina, chegava a ser ate irritante, mas era linda. Gyovanna pediu para que ele falasse um pouco sobre ele agora, ele disse que seu nome era Bernart, ele tinha 22 anos e morava ali porque ainda estava procurando uma casa, ele havia acabado de voltar da Alemanha, onde viveu por 3 anos.
Gyovanna ficava maravilhada com cada historia, cada gesto, cada expressao, eles comiam, bebiam, sujavam a toalha e riam muito. Mas o tempo nao para e quando olharam ao relogio ja era 17:27, ele precisava ir e ela precisava terminar de fazer seus afazeres, ah que hora dificil, a despedida, porque ela existe ? era a pergunta dos dois.
Bernart prometeu voltar no dia seguinte e traze-la um presente, agradeceu o cafe, deu-a um beijo no rosto e se foi.
Gyovanna sonhou aquela noite com Bernart e ele com ela, os dois ja estavam proximos, tao pouco tempo e tanta coisa, foi assim que comecaram a se encontrar diariamente. Muitos boatos surgiam no vilarejo de que Gyovanna so estava com ele pelo dinheiro que ele tinha, brigaram muito por isso, mas o amor deles era maior e sempre vencia boatos, fofocas e qualquer tipo de discussao.
O amor agora presente entre os dois era de dar inveja ate nos mais amados daquela cidade, eles se casaram entao e tudo parecia estar melhor a cada dia. Ate que um dia, 4 anos apos o casamento, Gyovanna estava gravida, era uma garotinha que estava pra vir, seu nome seria Ana Julia, estavam preparados, haviam construido um quarto de princesas para Ana Julia, ela nasceu e vivia com uma transinha nos cabelos desde pequena, seu cabelo era liso e castanho bem escuro, seus olhos verdes e suas roupas sempre as mais caras e lindas daquele vilarejo.
Quando Ana Julia atingiu seus 15 anos, Gyovanna estava gravida de novo, agora de Camilla. Camilla nasceu e tudo parecia um sonho, a familia sempre unida, todos sempre felizes e admirados por todos.
Mas a idade de Gyovanna e Bernart foi avancando, ja estavam agora com 81, Gyovanna e Bernart com 82. Gyovanna e Bernart agora precisavam do auxilio das filhas para tudo. Gyovanna entao ficou doente, nenhum medico, nem o mais caro da regiao descobria o que ela tinha, apenas sabia que ela teria pouco tempo de vida. Gyovanna nao conhecia ainda os pais de Bernart, nem ele os dela, talves com o tempo sem contato poderiam ate ter morrido.
Mas Bernart era insistente, ele ligou para os pais e foi uma tia que o atendeu, disse que sua mae nao tinha mais condicoes de ir conhecer sua esposa, mas que ela viria. Bernart tambem ligou para os pais de Gyovanna e eles vieram para a casa dos dois.
Gyovanna nao estava mesmo bem, nem falava mais, quando todo mundo chegou e viu-a naquele estado, ela tentava agradecer e com os olhos cheios de lagrimas gemia. Ninguem sabe ao certo o que ela tentava dizer, mas logo apos alguns gemidos Gyovanna morreu nos bracos de seu pai e sua mae apos 3 anos. Ana Julia e Camilla casaram e tiveram duas filhas cada uma. A tia de Bernart ficou dando-o uma forca ate ele falescer aos bracos dela e ela voltar para a Alemanha. E a historia acaba aqui, voce pode pensar "Quantas mortes, quanta coisa, pra que ?" pra que eu nao sei, mas todo mundo nasce, vive e morre, e' a lei da vida, aproveite a cada momento pois essa foi a historia de amor mais linda vista naquela pequena cidade.
Na realidade ainda existem Gyovannas e Bernarts, eles sao eu e voce, so que mais jovens -rs(:, vamos fazer nossa historia, vamos marcar a vida de pessoas e viver acima de qualquer obstaculo. Eu quero ter minha historia de amor e voce?
